segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Frases de Machado de Assis


Joaquim Maria Machado de Assis (1839 - 1908), escritor carioca, brasileiro. Considerado o pai do realismo no Brasil, escreveu: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Quincas Borba e vários livros de contos, entre eles, Papéis Avulsos, no qual se encontra o conto O Alienista, no qual discute a loucura. Também escreveu poesia e foi um ativo crítico literário, além de ser um dos criadores da crônica no país. Foi o fundador da Academia Brasileira de Letras.

Para ler a biografia completa de Machado de Assis, acesse: http://pensador.uol.com.br/autor/Machado_de_Assis/biografia/

[Eis algumas frases dele...]

"Não tive filhos não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria"

"A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal"

"Botas...as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar"

"Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar"

"Creia em si, mas não duvide sempre dos outros"

"Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento"

"Lágrimas não são argumentos"

"Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz"

"Não levante a espada sobre a cabeça de quem te pediu perdão"

"Não se ama duas vezes a mesma mulher"

"O acaso... é um Deus e um diabo ao mesmo tempo"

"O dinheiro não traz felicidade — para quem não sabe o que fazer com ele"

"Suporta-se com paciência a cólica dos outros"

"Está morto: podemos elogiá-lo à vontade"

"Pensamentos valem e vivem pela observação exata ou nova, pela reflexão aguda ou profunda; não menos querem a originalidade, a simplicidade e a graça do dizer"

"A melhor definição de amor não vale um beijo de moça namorada"

"A vida é cheia de obrigações que a gente cumpre por mais vontade que tenha de as infringir deslavadamente"

"A mentira é muita vez tão involuntária como a respiração"

"A moral é uma, os pecados são diferentes"

"Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito"

"Eu sinto a nostalgia da imoralidade"

"Eu não sou homem que recuse elogios. Amo-os; eles fazem bem à alma e até ao corpo. As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado"

"Não te irrites se te pagarem mal um benefício; antes cair das nuvens que de um terceiro andar"

"Há coisas que melhor se dizem calando"

"Para as rosas, escreveu alguém, o jardineiro é eterno"

Por Welson dos Santos Lopes




Sobre os tipos de crítica política (entre outras)


Uma primeira consideração a ser feita, necessariamente, é esta: Que alguém que escreve, certamente não o faz sem um interesse motivador, o que significa dizer que algo leva o escritor a escrever, que pode ir da simples necessidade de desabafar, de comunicar um fato, até o objetivo de persuadir o leitor, fazendo-o participante do seu ponto de vista, fato este que nem sempre é revestido de nobreza.

O que decorre destas possíveis motivações de escrever levará alguém a tecer uma crítica política positiva (boa) ou negativa (má). Como se pode depreender, tudo começa com o intuito do escritor. Cabe ao leitor identificar este objetivo, ao fazer a leitura textual.

Entendo por crítica positiva aquela que se caracteriza pela análise equilibrada, cheia de bom-senso, que é imparcial, e justa. Não visa um escárnio descabido, mas tem a sinceridade de reconhecer os fatores positivos de uma situação ou realidade, bem como não hesita de desmistificar os erros, denunciando-os, com decência, com respeito, e com responsabilidade.

Já a crítica negativa é configurada quando a motivação não passa de um sentimento faccioso, um ressentimento, insatisfação quanto a algo que não obteve, ou perdeu, ou ainda numa linguagem popular: “uma dor de cotovelo”.

Hoje predominam os críticos negativos. Não passam de manipuladores profissionais de pessoas, as quais convencem, ou influenciam, tornando-as participantes de seus projetos egocentristas.

E por consequência, como faltam críticos positivos! Alguém compromissado tão somente com a transparência, com o consenso, o progresso da nação, repleto de um sentimento coletivo, altruísta.

Como é fácil defender o erro, ser conivente com a corrupção, sendo beneficiado pelo tirano!

E como é fácil atacar o justo, o bom, o correto, por não estar no círculo de favorecidos, dos que recebem vantagens!

Por tudo isso, só me resta lamentar, lamentar por uma sociedade tão doente, e ao mesmo tempo tão hipócrita, onde prevalece o “provérbio”: “Cada um por si e Deus por ninguém”.

O primeiro passo para uma transformação social, é sem sombra de dúvidas, a transformação do ser humano. Pessoas comuns fazem apenas coisas comuns. Precisamos de parâmetros morais, de valores humanos mais nobres, que nos elevem ao nível de revolucionários sinceros, que pregam o que vivem, e vice-versa, em vez de hipócritas, que possuem belos discursos, mas são péssimos práticos.

“Pessoas de sentimento nobre enxergam a coletividade, que certamente as inclui. Mas pessoas egoístas só pensam em si mesmas, e o que se pode esperar destas, a não ser a crítica negativa?”

Por WELSON DOS SANTOS LOPES

Welson789@hotmail.com