terça-feira, 2 de junho de 2009

Matéria divina



Quem ver-te e há,de esquecer-te,
Amar-te e não mais querer-te
Penso assim, na criação do mundo
Ou numa ave triste a procurar-te.

E assim quem não pertence,
A esse teu mundo tantas levezas
Entre teu quadril se perde
Pelos anseios quer desposá-la.

Tenta-me a doçura do teu beijo
Perdido em um intimo labirinto,
Transcorre-me o sangue nas veias o mesmo.

Que ás vezes pasmo de ti sinto
Matéria divina em tudo que escrevo,
Pureza em tudo que é espírito.

NICODEMOS FREIRE