quinta-feira, 9 de junho de 2011

Poesia: Para Sempre


Não!
Nunca vou te deixar, mesmo que tu me deixes,
mesmo assim e ainda assim saberei
que existirá o amor pois, este jamais morrerá.

Foi ele, foi o amor. Mascarado pela dor,
apelidado de ódio, sedento de vingança
que me fez atravessar os tempos, morrer,
nascer, guerrear para em fim, te descobrir, e te encontrar.

Eu confesso, devo ter mudado muito
nestes muitos anos de buscas, angustias e solidão.
O tempo apesar de sábio
é implacável promove transformações.

Às vezes me pergunto se valeu a pena
tantas privações, decepções,
para usufruir tão pouco do teu viver, do teu calor.

Oh Arco-íris, empresta-me tuas cores, tua estrada,
leva-me com segurança até à fonte
para que eu possa saciar minha sede
e aquietar meu espírito investigador.

Por mais de quinhentos anos estive na estrada
e vejo que tu ainda és uma bruxa sagas
que devora vidas e deixa rastros para segui-la.

Parece até que foi apenas um dia,
mas nesse dia eu vi o mundo inteiro,
tua estrada. Vi coisas belas e sagradas.

Mas nada é mais belo que o Reino de um homem
que pode pegar em suas mãos e saber que sempre será seu.
Eu sou o meu Reino, a minha consciência, minha verdade,
meu corpo são as únicas armas
que podem moldar meu desejo meu viver.
(Poeta Paulo Marinho Filho)


Postado por Welson dos Santos Lopes
welson789@hotmail.com