segunda-feira, 8 de junho de 2009

Eternidade



Quero-te póstuma em mim
Tão breve,quanto um jardim,
Esquecida mais tarde em pétalas
Serei imortal, quanto sou poeta.

Quero-te infinda aos séculos
Que causam velhice aos monumentos,
Mas, lá estão na historia presente;
Escultura, viva, colossal, pura,simplesmente.

Quero-te por essa estranheza
Um rio que na sua correnteza
Escorre ávida do seu jeito.


Quero-te em meu peito
Ao passo calmo e sem vaidade
Pelos confins da vida beirando a eternidade.

NICODEMOS FREIRE