segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Despedida


Meu amor,
eu não posso mais ficar assim entre o sorriso e a dor.
Preciso me despedir de ti minha flor
A casinha branca de encosta da montanha está vazia,
A rede que outrora na varanda balança desatei,
Embrulhei e a guardei no baú da saudade.

Do bem cuidado jardim nada restou,
da grama que tapeteava o lindo vale onde.
Tu me recebias e suor derramávamos desapareceu,
sombrios arbustos cresceu.

Até o mar que nos acariciava nus,
com banho de brancas espumas deixou de quebrar,
sem ondas manso e tristes está.

O vento que se divertia quando em nosso carpo
batia nos fazendo arrepiar.
Lembra! que os bicos de teus seios intumesciam
e pareciam querer saltar.

Ele não sopra mais lá, mudou de direção
e até o eco de nossos gritos de amor ele levou.
Eu preciso ir, encontrei e elo entre a terra e o céu,
entre os mistérios e o espiritual,
entre o gozo a dor a fidelidade e o amor,
encontrei o verdadeiro sentido da vida.

Não se engane a minha vida não acabou só a minha tristeza,
com vida nova estou.
Sabe, quando o fim de uma jornada
se terra o começo de outra,
cada um de nós deve encontrar
seu próprio caminho seu próximo ninho.

Mas quero te dizer que ao importa
o quão longe tenhamos ido
ou quantos vezes tenhamos nascido,
No final não podemos fugir de nosso passado
do que fizemos ou de quem somos.
Não sei onde será a minha próxima morada,
só sei que não veremos a mesma lua.
A dor quando cura se torna sabedoria,
Eu fiquei sábio.
[Poeta Paulo Marinho Filho - Membro da ALEAT]

Postado Por Welson dos Santos Lopes