segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sobre os tipos de crítica política (entre outras)


Uma primeira consideração a ser feita, necessariamente, é esta: Que alguém que escreve, certamente não o faz sem um interesse motivador, o que significa dizer que algo leva o escritor a escrever, que pode ir da simples necessidade de desabafar, de comunicar um fato, até o objetivo de persuadir o leitor, fazendo-o participante do seu ponto de vista, fato este que nem sempre é revestido de nobreza.

O que decorre destas possíveis motivações de escrever levará alguém a tecer uma crítica política positiva (boa) ou negativa (má). Como se pode depreender, tudo começa com o intuito do escritor. Cabe ao leitor identificar este objetivo, ao fazer a leitura textual.

Entendo por crítica positiva aquela que se caracteriza pela análise equilibrada, cheia de bom-senso, que é imparcial, e justa. Não visa um escárnio descabido, mas tem a sinceridade de reconhecer os fatores positivos de uma situação ou realidade, bem como não hesita de desmistificar os erros, denunciando-os, com decência, com respeito, e com responsabilidade.

Já a crítica negativa é configurada quando a motivação não passa de um sentimento faccioso, um ressentimento, insatisfação quanto a algo que não obteve, ou perdeu, ou ainda numa linguagem popular: “uma dor de cotovelo”.

Hoje predominam os críticos negativos. Não passam de manipuladores profissionais de pessoas, as quais convencem, ou influenciam, tornando-as participantes de seus projetos egocentristas.

E por consequência, como faltam críticos positivos! Alguém compromissado tão somente com a transparência, com o consenso, o progresso da nação, repleto de um sentimento coletivo, altruísta.

Como é fácil defender o erro, ser conivente com a corrupção, sendo beneficiado pelo tirano!

E como é fácil atacar o justo, o bom, o correto, por não estar no círculo de favorecidos, dos que recebem vantagens!

Por tudo isso, só me resta lamentar, lamentar por uma sociedade tão doente, e ao mesmo tempo tão hipócrita, onde prevalece o “provérbio”: “Cada um por si e Deus por ninguém”.

O primeiro passo para uma transformação social, é sem sombra de dúvidas, a transformação do ser humano. Pessoas comuns fazem apenas coisas comuns. Precisamos de parâmetros morais, de valores humanos mais nobres, que nos elevem ao nível de revolucionários sinceros, que pregam o que vivem, e vice-versa, em vez de hipócritas, que possuem belos discursos, mas são péssimos práticos.

“Pessoas de sentimento nobre enxergam a coletividade, que certamente as inclui. Mas pessoas egoístas só pensam em si mesmas, e o que se pode esperar destas, a não ser a crítica negativa?”

Por WELSON DOS SANTOS LOPES

Welson789@hotmail.com

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